A polêmica do Projeto de Lei 122 não pára, mesmo estando fora das discussões por enquanto em Brasília (DF) podemos notar que alguns desdobramentos estão acontecendo, mesmo sabedores da existência de orientações sexuais, os grupos que antes não se manifestavam dentro das igrejas evangélicas hoje já o fazem diferente.
Já existem denominações evangélicas que afirmam serem Igrejas Inclusivas e se expandem principalmente nos grandes centros. A primeira igreja evangélica gay foi fundada pelos pastores Marcos Gladstone e Fábio Inácio em 2006 que sonhavam com uma religião onde o amor gay fosse permitido. A igreja Cristã Contemporânea conta hoje com cinco templos situados no Rio Janeiro e um em Belo Horizonte. Recentemente foi fundada em São Paulo a Comunidade Cidade Refúgio pela Missionária Lanna Holder e pastora Rosania Rocha. Ambas as denominações citadas tem como objetivo segundo os próprios fundadores é ter uma igreja onde todos se sintam felizes e acolhidos. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna Holder.
A Missionária Lanna Holder de todos os pastores citados acima sem dúvida alguma é mais conhecida pelo público evangélico. A mesma foi destaque por seu testemunho de transformação contado em várias igrejas no Brasil que após anos de lesbianismo se converteu. Agora a mesma assumindo uma união de quase nove anos declarou: “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na idéia. Está intrínseco em nós, faz parte de nossa natureza por isso não conseguimos mudar”, diz Rosania.
Após essa afirmação dada e circulada na mídia com ampla divulgação vem a discussão: O Evangelho é poder de Deus para mudar as pessoas ou não? O Evangelho liberta mesmo?
O empresário Josias Barbosa, evangélico há 18 anos, afirmou que viveu um tempo no homossexualismo e com o passar do tempo foi se libertando. “A partir do momento que me decidi a mudar, Jesus iniciou a transformação na minha vida. No início foi muito difícil, existia dentro de mim o desejo, mas eu era muito cobrado e toda mudança aconteceu justamente pelo meu relacionamento aberto com minha esposa.” Em seu testemunho de libertação o mesmo afirmou que mudança iniciou a partir do momento que aceitou Jesus como Senhor da sua vida e então teve sua história mudada. O empresário é casado com Silvia Barbosa e da união o casal possui dois filhos.
O evangelho transforma porque é o poder de Deus para salvação conforme o apóstolo Paulo diz em Romanos 1:16. O encontro com Jesus produz mudança de vida e de comportamento. O Pr. Laércio Santana, da Igreja Metodista e do Projeto Família Esperança, enxerga na Bíblia um caminho de cura e libertação através de Jesus Cristo. “Neste caminho o milagre não acontece como num passe de mágica, mas sim como um penoso trabalho num deserto programado por Deus para quem está disposto”.
Segundo Cleuber Mendes, Psicólogo e Perito em Avaliação Psicológica – UEMG, nessa discussão não está intrínseco somente o lado espiritual e é importante salientar que não há qualquer sustentação científica de que a homossexualidade seja determinada biologicamente de forma genética ou que esteja intrínseca na constituição psíquica do ser em sua concepção. No aspecto fisiológico, é sabido, por exemplo, que desequilíbrios hormonais, induzidos ou não, viabilizam diferentes formas de sentir e comportar, produzindo conflitos variados.
É importante ratificar que os conflitos, hetero ou homossexuais, em relação a qualquer questão, inclusive em relação à orientação do desejo, devem ser minimizados com o intuito de dissolver o sofrimento vivenciado interiormente, seja pelo preconceito social, familiar ou o mais importante, o preconceito em relação a si próprio. Desta forma, ao invés da homossexualidade ocupar o destaque na discussão, traz-se à tona o indivíduo, suas particularidades e seu livre arbítrio. Uma das entrevistadas disse “...mergulhamos na idéia”, referindo-se ao suposto processo de mudança proposto pela igreja - e que não apresentou os resultados esperados na "cura" (conceito insustentável) da homossexualidade. Quando se mergulha apenas na idéia, não se ultrapassa sequer o campo da superficialidade do outro. Entende-se aqui que, apesar de uma aparente iniciativa, não havia um desejo próprio de mudança ou transformação, permanecendo no nível intelectual, e não da entrega. Portanto, para que o “mergulho ultrapasse a idéia”, é necessário haver contextos que permitam a compreensão de tais escolhas e principalmente, que se coloquem como suporte quando solicitados; e a igreja precisa ser este lugar, não tentando explicar racionalmente o evangelho e seus processos, mas exalando a vida e a incomparável graça contida no evangelho. Sendo assim, dissociar a homossexualidade de uma visão patológica, nos permite uma melhor compreensão do indivíduo e de suas necessidades, viabilizando, caso este anseie, um acolhimento integral. Se a igreja o fizer, verdadeiramente será um lugar de restauração e transformação de vidas pelo poder do evangelho e através de uma postura cristã autêntica, finalizou Cleuber Mendes.
Todos nós quando estamos dispostos a uma mudança verdadeira e genuína o Espírito Santo nos ajudará em parceria com a nossa vontade de libertar-nos dos desníveis moral, cultural, sexual e espiritual.
DEPUTADO STÉFANO AGUIAR (PSC/MG) esclarece se a PL 122 foi arquivada
Na verdade no Senado, segundo a Senadora Marta Suplicy (PT/SP) declarou não está enterrada mais nós temos conversado com muitos senadores e muitos são contra o PL 122. Até hoje não está explicado o que é uma pessoa homofóbica, porque homofobia é um sentimento de quem odeia o homossexual, de quem parte pra violência, porque pra violência com o homossexual já existe lei, é lei, se você sofrer violência ou assassinato existe lei pra isso. O PL 122 está investindo privilégio para uma classe independente da outra. É uma tendência mundial, está acontecendo no mundo inteiro e nós estamos defendendo para que a PL 122 não seja aprovada. No Senado temos pessoas que já disseram que não concordam, na verdade se ela voltar ativa pro Senado ela vai voltar também pra Câmara e não vai voltar de imediato. Estamos vigilantes, atentos e também lutando porque o evangélico é discriminado, o presidente é criticado, os deputados, senadores, vereadores, toda autoridade nesse país é questionada.
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