25 janeiro 2013

Jeremias - Um Homem que temeu, mas permaneceu Fiel


O mundo ocidental ensina que homens de verdade não sentem dor - ou, pelo menos, não podem demonstrar que sentem. Jeremias não frequentou essa escola que ensina a esconder os sentimentos. 

Jeremias nasceu quando o longo reinado do mais perverso rei de Judá, Manassés, estava chegando ao fim. Quando Deus o chamou, Jeremias respondeu, pois o Senhor havia planejado torná-lo um profeta antes mesmo de ele nascer (Jr 1.4-6). Ele tocou a boca de Jeremias, colocou nela as palavras e deu a ele "autoridade sobre nações e reinos" (Jr 1.10).

A tarefa não era fácil. O reino de Israel já tinha sido derrotado e escravizado; agora era a vez de Judá. Basicamente, o que o profeta disse a seus conterrâneos foi que toda aquela destruição era culpa deles mesmos, e que deviam assumir as consequências. "Se, porém, alguma nação ou reino não se sujeitar a Nabucodonosor, rei da Babilônia, nem colocar o pescoço sob o seu jugo, eu castigarei aquela nação..." (Jr 27.8).

O povo se voltou contra aquele mensageiro de Deus. O profeta foi açoitado, preso no tronco, jogado em um poço e condenado a morte. Ele não reagiu com frieza. Em determinados momentos, seu livro se parece com uma jornada pessoal de sofrimento. "Ah, minha angústia, minha angústia! Eu me contorço de dor", ele clamou quando ouviu o julgamento de Deus sobre Jerusalém (Jr 4.19). "A tristeza tomou conta de mim; o meu coração desfalece", afirmou ao chorar pelo pecaminoso reino de Judá (Jr 8.18). Ele se sentia como "um cordeiro manso levado ao matadouro" quando ouviu os planos elaborados contra sua vida (Jr 11.19). Ele se sentiu tão traído que amaldiçoou o dia do próprio nascimento. "Maldito seja o dia em que eu nasci!", ele lamentou (Jr 20.14).

Com amigos, conterrâneos, líderes, sacerdotes e reis conspirando contra o profeta, não é de admirar que as pessoas começassem a chamá-lo "o homem que vive aterrorizado". Sendo assim, o que manteve o chamado  "profeta chorão" ativos? Primeiro, seu inconfundível chamado por parte de Deus. "Mas, se eu digo: 'Não o mencionarei nem mais falarei em seu nome', é como se um fogo ardesse em meu coração, um fogo dentro de mim" (Jr 20.9). Segundo, sua confiança em Deus. Quando parou de questionar o Senhor e assumiu de uma vez por todas seu papel, Jeremias aprendeu a se alegrar mesmo em meio à adversidades. "Quando as tuas palavras foram encontradas, eu as comi; elas são a minha alegria e o meu júbilo..." (Jr 15.16).

Deus protegeu seu profeta. Quando Nabucodonosor conquistou Judá, Ele tirou Jeremias da prisão, o enviou de volta para casa e concedeu ao profeta tudo o que ele precisava (Jr 39.9-14)

Bíblia do Homem
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