26 setembro 2012

Três egípcios são julgados por insultar a religião cristã



Três egípcios serão julgados por insultar a religião cristã, informou nesta terça-feira a agência de notícias oficial Mena. Em um dos vários protestos que vem ocorrendo contra a divulgação do filme “Inocência dos Muçulmanos”, os três homens participaram da ação que rasgou e queimou uma Bíblia em frente a milhares de islâmicos, no Egito.

A procuradoria decidiu levar à Justiça por ”insulto à religião cristã”, Ahmed Mohammed Abdallah, conhecido como “Abu Islam”, presidente da rede de televisão Al-Omma, seu filho Islam, diretor da mesma rede, e o repórter do jornal independente Al-Tahrir, Hani Yassin Gadallah.

Durante o protesto, ocorrido no início deste mês, o líder muçulmano, Abu Islam, declarava com o alcorão em suas mãos: “Esse é o livro de verdade e de paz. O lugar certo para as palavras deste livro é sobre nossas cabeças, porque é a verdadeira inspiração”.

Ao trocar o alcorão por uma Bíblia o manifestante realizou insultos contra o livro cristão dizendo: “Este é o livro que aquele ‘cão’ Terry Jones acredita, assim como aqueles cristãos egípcios que vivem na América com ele. Hoje eu só posso destruí-lo”.

Em entrevista ao jornal local Mohit, na época em que ocorreu a manifestação, Abu Islam continuou o seu protesto dizendo: “Eu rasguei-a e atirei-a para os manifestantes pisarem nela com seus sapatos.” Ele acrescentou: “Da próxima vez eu vou fazer o meu neto urinar sobre ela. Como diz o ditado, olho por olho e dente por dente. A culpa é de quem começou tudo”.

Ele acredita que todos devem pagar pelo erro cometido, referindo-se à divulgação do filme que gerou todos os protestos.

“Se alguém fez algo ruim, todo mundo leva a culpa. Será que todos os muçulmanos  são responsáveis pela dor que Osama bin Laden causou? Deixe-os provar o mesmo que mundo islâmico teve de engolir”, acrescentou.

O procurador geral do Egito deu entrada na semana passada em ação contra sete coptas egípcios (cristãos egípcios), que vivem nos Estados Unidos.

A União da Juventude Copta apelou ao presidente do Egito, Moahamed Morsi, por uma intervenção imediata, a fim de conter quaisquer esforços para aumentar ainda mais a divisão e a violência entre muçulmanos e cristãos.

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