25 abril 2012

Igreja Luterana alemã permite pastores homossexuais na casa pastoral


A decisão divide opiniões entre os religiosos já que muitos não aceitam que sacerdotes tenham relações homoafetivas


O Sínodo da Igreja Luterana da Saxônia, estado da Alemanha, aprovou em “casos excepcionais” que pastores homossexuais possam dividir a casa pastoral com seus parceiros.

Desde 2001 o parlamento da igreja decidiu que a união entre um homem e uma mulher é o modelo ideal para a vida pastoral e, portanto casais formados por pessoas do mesmo sexo não poderiam ocupar a casa pastoral.
Com a decisão alterada, os pastores que se declararam homossexuais que desejarem ocupar a casa precisarão pedir autorização. A Igreja Luterana tem cerca de 700 pastores e pastoras na Saxônia e destes apenas 15 se declararam homossexuais, mas até o momento nenhum mostrou interesse em morar na casa pastoral.

Outras duas igrejas alemãs já votaram sobre a mesma questão e decidiram autorizar que pastores homossexuais possam morar com seus parceiros, mas todas deixam claro que apenas em “casos excepcionais”, as primeiras foram as Igrejas Evangélicas de Baden e de Württemberg.

A maioria não concorda com as relações homossexuais entre pastores.

O assunto é polêmico e divide opiniões, pois muitos pastores não concordam com a relação homoafetiva, muito menos entre sacerdotes. David Keller, estudante de teologia vai além e diz que homossexuais não deveriam exercer o sacerdócio.

Cursando doutorado na Faculdade de Teologia de Leipzig, Keller afirma que tem apoiado um amigo homossexual a viver em celibato. Um pastor de Chemnitz também é contra ao fato de homossexuais assumirem ministérios na igreja.

“A prática da homossexualidade é vista pela Bíblia como uma terrível aberração e um dos piores pecados”, diz ele afirmando que essa opção de vida desperta a ira de Deus.

Mas a grande parte dos opositores evita se manifestar sobre o tema para não usar termos homofóbicos por criticar a decisão da igreja. Assim como Keller eles toleram as relações entre pessoas do mesmo sexo, mas acreditam que essa tolerância tem um limite ético na questão das casas pastorais.

Com informações DW

por Leiliane Roberta Lopes

Fonte: GospelPrime

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